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As Leis da Adubação

Uma vez que é reconhecida a importância dos diferentes fatores de crescimento vegetal, houve vários cientistas e investigadores que tentaram explicar com várias experiencias de campo e laboratoriais a importância dos vários elementos, sendo os mais controláveis os nutrientes minerais.

Desta forma, quando falamos de fertilização existem leis que foram criados ou citadas à muitos anos, mas ainda se mantém atuais.

Quando falamos em fertilidade de solos ou em adubar os solos, ou mesmo na nutrição de plantas, muitas das vezes faz-se fertilizações sem realizar análises e desta forma podemos ter sintomas de deficiência de algum nutriente, podemos estar a mandar dinheiro fora, ou seja, estamos a adubar em excesso, estamos a adubar a mais em relação ao que a planta necessita, ou podemos ter sintomas de toxidade de algum nutriente ou mesmo prejudicar outros nutrientes.

As 3 Leis da Adubação são:

Começamos pela 1ª Lei – Lei do Minimo (Liebig) ou lei do Barril  

A produção da planta é limitada pelo nutriente que estiver em menor quantidade no solo, em relação à necessidade da planta, mesmo que os outros nutrientes estejam em quantidades adequadas”.  

Ou seja, podemos ter todos os nutrientes disponíveis para a planta e em quantidades desejáveis ou consideráveis ótimas para o crescimento, mas basta um nutriente estar em deficiência para limitar a produtividade. -> Lei do fator limitante  

Imagem 1 – Representação da Lei do Mínimo

Como exemplo Representativo:  

Imaginem um barril de madeira onde as ribas de madeira representam um elemento ou nutriente. A água ou o que quiserem que esteja dentro do barril representa a produtividade … e claro que quanto mais cheio estiver o barril maior vai ser a produtividade das nossas plantas …  

Agora imaginem que uma riba (que representa um nutriente) está partida ou que não está completa até acima do topo do barril … a agua / produtividade vai-se perder … sendo assim este o elemento Limitante 

Não vale de nada por exemplo fazer aplicações de P se temos o K deficiente.

Observado como exemplo a imagem 1, podemos ver que o Manganês é o 1º elemento que está a limitar a produção.

É muito importante desta forma sabermos inicialmente a fertilidade do nosso solo, fazendo análises de solo e depois interpretar os resultados da análise e corrigir os nutrientes, neste caso que estão a limitar a nossa produtividade.

Desta forma e em Resumo devemos de ter todos os nutrientes em equilíbrio e não deixar que eles faltem, para atingirmos o máximo de produtividade.

Qual é o conceito desta lei:

“aplicando-se doses progressivas do nutriente, em deficiência no solo, há uma rápida resposta da planta no aumento da produtividade, inicialmente; Depois nos anos de produção seguintes, há um decréscimo até a planta não responder mais à aplicação de nutrientes, em aumento de produtividade” .

Ou seja, imaginem, colocamos adubo este ano e tivemos uma excelente produtividade, no próximo ano vamos colocar mais adubo a pensar que vamos produzir mais … mas tal não acontece, nós não conseguimos aumentar a produtividade com aumento de adubo, o que acontece é que estamos a gastar mais dinheiro que não vai representar na nossa produtividade.  

Imagem 2 -Gráfico

Onde o conceito é ” O excesso de um nutriente no solo reduz a eficácia de outros e pode diminuir a produção das culturas”. 

Ou seja, se andarmos a adubar em excesso, além de gastamos mais dinheiro, podemos estar a contribuir para o sintoma de toxidade nas plantas ou favorecer o antagonismo entre nutrientes. Há elementos que em excesso podem inibir outros nutrientes.  

Como podem ver na tabela abaixo.  

Imagem 3 – Tabela de Antagonismo, Inibição Competitiva, Sinergismo, Fonte: Malavolta

 Como por exemplo, se adubarmos em excesso com Potássio vamos prejudicar o Cálcio.  

  • Não façam adubações às cegas ou porque tem corrido bem, e não façam sempre igual para todas as culturas, cada caso é um caso e cada cultura é uma cultura e cada solo é um solo;  
  • As Leis da adubação devem ser seguidas e como viram vão influenciar as adubações; 
  • Devemos conhecer quais os nutrientes mais importantes para a(s) nossas culturas; 
  • A análise de solo é essencial e fundamental. Só com a análise de solo, bem feita, com uma adequada metodologia de colheita, é que vamos saber como está a fertilidade dos nossos solos e depois com os resultados da análise já podemos fazer uma adequada interpretação dos resultados e fazer uma recomendação de fertilização; 

Desta forma espero que tenham percebido a importância em conhecer estas Leis, há outras leis que derivaram um pouco destas, mas estas são a base para entendermos a importância dos nutrientes, e nomeadamente o equilíbrio que devemos ter.

Qualquer dúvida é só entrar em contato !

Um forte abraço, e estamos juntos por Uma Agricultura Sustentável e Mais Produtiva

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